15 de mai. de 2011

Soneto Inascido


O poema subjaz.
Insiste sem existir
escapa durante a captura
vive do seu morrer.
O poema lateja.
É limbo, é limo, 
imperfeição enfrentada, 
pecado original.
O poema viceja no oculto
engendra-se em diluição
desfaz-se ao apetecer.
O poema poreja flor e adaga
e assassina o íncubo sentido.
Existe para não ser.
Artur da Távola

2 comentários:

  1. Adorei teu blog!!

    Me chamou a atenção seu nome...nome de artista..rsrs
    mistura de Manoel de Barros com Romero Britto..dois queridos meus..

    Esse poema de Artur da Távola é um dos meus preferidos! tanta alma ele põe qdo escreve!

    Um beijo, Manoel!

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